PROTESTO DO SINPRO E OUTROS SINDICATOS REÚNE QUASE UMA CENTENA DE PESSOAS NA CÂMARA DE LONDRINA
O dia 4 de maio vai ficará marcado na história do Sinpro e da cidade de Londrina. Quase uma centena de manifestantes se reuniu na Câmara Municipal de Londrina para pedir a cassação do vereador Filipe Barros. O edil chamou os participantes da greve do dia 28 de canalhas e vagabundos, dentre outros xingamentos, além de comentar com seus assessores que estava praticando bullying contra os grevistas. Tudo foi gravado em vídeo pelo próprio vereador e postado em suas redes sociais.
Ontem, trabalhadores de diversos segmentos ocuparam a Câmara com palavras de ordem contra Filipe Barros, portando faixas e distribuindo panfletos. “Não somos vagabundos” era o grito mais ouvido, além de diversos gritos como “vai ser cassado”, dentre outros.
Os diretores de sindicatos ali representados fizeram discurso criticando a atitude de Filipe Barros. O presidente do Sinpro, André Cunha, fez um emocionante pronunciamento lembrando ao vereador que todos os grevistas são trabalhadores, que os diretores do Sinpro não vivem do sindicato, e que o Sinpro não depende da contribuição sindical. No meio da fala, André disse ao vereador que quando um aluno brilha na sociedade, todos os seus professores brilham junto, e que quando um deles envergonha essa mesma sociedade, seus professores também ficam envergonhados. Ele aludia à enorme faixa estendida pelo Sinpro na galeria da Câmara com os dizeres “Filipe Barros, seus professores estão envergonhados de você”.
Após as falas, o presidente da Câmara até que tentou iniciar os trabalhos mas os manifestantes não permitiram, pedindo a retirada de Filipe Barros da mesa diretora do local.
A sessão acabou sendo suspensa por diversas vezes e o vereador teve de sair aos gritos de “escolta”, já que por várias vezes os seguranças do recinto cercavam o mesmo.
Uma representação coletiva impetrada por diversos sindicatos foi protocolada na Câmara de Vereadores pedindo a cassação de Filipe Barros, e processos judiciais foram impetrados na Justiça comum, já que o vereador será acusado de praticar crimes não relacionados com seu mandado.
Os processos já começaram a tramitar.